quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Criação do novo


1 - Introdução ao desenvolvimento de produtos alimentícios: criação do novo.
            
Diz a lenda que água parada acaba se estragando….E no mundo dos negócios os que não se mexem, não reciclam, não inovam são os fortes propensos a ficarem para trás. Nesse ponto, a area de Desenvolvimento de Produtos desempenha papel essencial para fazer uma empresa evoluir e posicionar-se à frente das demais.
Não apenas desenvolvendo um novo produto, que é sua função essencial, essa contribuição pode vir de outras diversas maneiras:
-   Trazendo uma material-prima nova que melhore o rendimento da formulação;
-   Implementando inovações em processos da fabricação que aumentem a produtividade;
-    Agregando qualidades e melhorias a produtos já existentes;
-   Adotando uma embalagem inovadora ou com uma características mais sustentáveis, trazendo mais visibilidade ao produto no PDV, etc.
Por essa diversidade podemos dizer que a área de desenvolvimento de produtos é uma das mais dinâmicas e mais complexas dentro de uma empresa. Seus profissionais devem estar prontos para atuar de forma diversificada, mas também abrangente.
Quando digo diversificada, quero dizer que os profissionais de P&D devem ser os mais flexíveis e abertos às novas tendências e inovações. Abertos a tudo o que possa agregar de positivo, melhorar, inovar. chamar a atenção do consumidor e gerar a compra de seus produtos. Novas cores sabores e texturas em alimentos exercem aqui papel preponderante.
E quando digo abrangente quero dizer que, mesmo sendo abertos ao novo quem trabalha em P&D jamais deve desvincular-se das práticas fabris e administrativas da empresa e das práticas comerciais do mercado. Tudo o que fizer, todas as soluções e inovações propostas afetarão a produção, a logística, a área comercial, marketing, atendimento ao consumidor e muitas outras mais, conforme a complexidade da empresa. Por isso a área de P&D deve também pensar em agregar e contribuir para que todos os esforços se concentrem na implementação das soluções propostas.
E em se tratando de diversidade e complexidade trago prá vocês um produto apresentado no Workshop da Mastersense - evento indicado neste blog, como exemplo de aplicação das diversas matérias-primas que comercializam.
Trata-se do “Fortune Cookie” apresentado aqui em seu kit refill contendo:
-       sachês para o preparo da massa
-       sachês para a cobertura
-       confeitinhos coloridos
-       papéis de mensagens e folha de instruções.
Para quem quiser mais informações segue link do site:
Imagine a fabricação de cada um dos componentes individuais e a colocação de todos dentro da embalagem final de venda!


domingo, 21 de julho de 2013

Bem-vindos!


Olá!    

    É com um prazer muito grande que me coloco aqui em contato com vocês.
  Meu objetivo é que a gente faça deste blog um espaço de conversarmos sobre  o desenvolvimento de produtos alimentícios.
    A área de Desenvolvimento de Produtos é - e deve ser considerada por todos - uma área estratégica dentro das empresas. Na maioria das vezes é onde se originam as novidades que puxam as vendas para cima e impulsionam as empresas para frente. Daí se explica a forte tendência que os profissionais da área têm em limitar a troca de informações sobre o trabalho que realizam. Esse forma de conduzir o trabalho em P&D pode ser necessária, mas nem sempre é a mais vantajosa.
   Ao longo de minha experiência  profissional em desenvolvimento de produtos pude perceber que quanto mais informações eu trocava com as pessoas certas, menor era o tempo gasto para finalizar um projeto e mais certeiro o resultado. E quando eu digo “pessoas certas” incluo fornecedores, parceiros de empresas terceirizadoras e obviamente nossos colegas de empresa, sejam eles de nossa equipe ou de áreas afins.
    Iniciei minha vida profissional na área de Engenharia de Alimentos em uma empresa que tinha estruturado um laboratório de P&D, fazendo parte de uma pequena, porém digna de ser chamada equipe de pesquisa e desenvolvimento de produtos. Que escola! Lá fazíamos de tudo: análises sensoriais - desde o desenvolvimento da equipe de provadores até as análises propriamente ditas - avaliação de diferentes matérias-primas, desenvolvimento de formulações para novos produtos, estruturação do SAC no início da vigência do Código de Defesa do Consumidor, cuidávamos de assuntos regulatórios… Uma bela experiência! Até dentro de torre de resfriamento eu entrei para simular a absorção de umidade em biscoitos em ambiente de alta umidade relativa! (Lembra-se disso Chaw Chan Hua?rsrsrs)
    Passei também pela experiência de trabalhar numa das maiores multinacionais mundiais  começando lá sem ter essa simples estrutura, tendo que fazer o desenvolvimento de produtos na própria linha industrial. E agora mais recentemente passei pela experiência de trabalhar em uma unidade de negócios que estava sendo montada a partir do zero, sem ter estrutura nenhuma, tendo que criar e montar quase tudo e fazendo os desenvolvimentos de produtos junto com os fornecedores e também nos terceirizadores. Foi uma trajetória que fatalmente me levou a um caminho da abertura.
    A necessidade mostrou como a troca de informações pode trazer seus benefícios, e me deu o privilégio de poder sentir o quanto isso pode ser interessante e prazeroso. E é isso que eu desejo perpetuar por aqui.
    Ciente da importância da manutenção de informações estratégicas muito bem guardadas, não pretendo aqui tratar de formulações de produtos, mas sim sobre formas de se chegar a um bom resultado no desenvolvimento de um produto. Conto com vocês para essa troca de experiências. 
    Como inspiração para nossos trabalhos, insiro aqui uma imagem que me encantou: uma escultura de açúcar feita pelo mestre confeiteiro francês Eric Lecoq, trazido pelo Senac para cursos e apresentações durante a FIPAN 2013. Além de apreciar toda a delicadeza desse belo trabalho, vejam que simpático o detalhe do coelhinho branco no bolso de seu casaco...
    E não tenham dúvidas: desenvolver um produto saboroso, atrativo aos olhos e com a viabilidade econômica exigida pelo mercado é uma arte!






                                                                                                                      Sonia Broglio